Há
apenas duas maneiras de se reproduzir movimento: por compensação ou
por transferência. Tudo o que se move pode se encaixar numa ou
noutra categoria.
As
coisas que se movem por compensação necessitam de algo que possa
ser empurrado ou puxado por elas para produzir seus movimentos. É o
que acontece quando nadamos. Ao dar uma braçada, empurrando a água
para trás, fazendo com que nosso corpo seja projetado para frente.
Um pássaro faz o mesmo com o ar ao bater as suas assas: elas
empurram o ar para baixo e pra trás, o permite sustentar o seu vou a
diante.
Quando
caminhamos sobre a uma superfície, o mesmo processo de compensação
acontece, apesar de não ser tão visível quanto a natação e o
voo. Dar um passo para frente significa empurrar o chão para trás
com o pé, o que faz nosso corpo, devidamente equilibrado, ser
projetado para frente.
Não
há como um objeto produzir movimento sozinho. O movimento de um
objeto sempre depende de algum outro. Isso fica mais evidente nos
movimentos por transferência, em que os objetos só se movem se
algum outro lhes transferir parte de seu movimento, como as garrafas
de um jogo de boliche ao serem atingidas pela bola. Um barco a velas
não possui motor, mas se move porque o vento, ao bater de forma
direcionada em suas lonas, lhe transfere movimento.
Tudo
aquilo que parece ter a capacidade de se mover sozinho, na verdade,
não pode fazê-lo sem que haja o chão, o ar, a água ou qualquer
outro objeto para ser empurrado para trás. Podemos constatar a
transferência de movimentos em diversas situações de nosso
cotidiano, de um inocente jogo de sinuca, passando pelas manobras
radicais dos surfistas, aos potentes bate-estacas que firmam os
aliceces de enormes estruturas.
Tudo o que foi dito sobre os movimentos de deslocamentos vale
para as rotações, elas igualmente só ocorrem por compensação ou
por transferência.
Se
você fizer um liquidificador funcionar sobre uma mesa cheia de óleo,
você ira perceber que sua carcaça começará a se mover em sentido
oposto ao das hélices. Trata-se se uma forma de compensação dos
giros. O mesmo ocorre com uma furadeira.
Você
terá de segurar sua carcaça firmemente com as mãos para que ela
não gire em sentido oposto ao da broca. As antigas enceradeiras
pregavam peças nas donas de casa quando eram ligadas na tomada com
seus interruptores também já ligados. O giro da escova tinha um
sentido, enquanto a carcaça girava no sentido oposto.
Os
giros também se transferem, e os profissionais de mecânica conhecem
bem isso. Na maior parte das máquinas, ocorre uma transmissão
contínua da rotação para outras peças por meio de engrenagens,
polias e correias. O motor de um carro, por exemplo, funciona
continuamente, necessitando de um mecanismo que possibilite
“desconectar” as rodas do movimento do motor quando esse
troca de macha. Trata-se de sistema de embreagem, que consiste
basicamente de discos; um deles ligados ao motor em movimento e outro
ligado ao eixo que transmite o movimento às rodas. Quando esses
discos estão unidos, o movimento do motor é transferido para o
eixo.
Quando
pisamos no pedal da embreagem, esses discos são separados
instantemente, interrompendo a transmissão do movimento enquanto
mudamos de macha. Ao soltar o pedal, depois de selecionada uma
marcha, os discos voltam a se unir e a transmissão do movimento a
ocorrer.
é isso ai...
ResponderExcluirE quemmm me viuu, se visse hoje nao acreditariaaaaa, que o cachaceiroo virou homem de familiaaaaaaaaaa
ResponderExcluir